quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Alix Olson

Abordando temas como o feminismo, a opressão do patriarcado, do capitalismo, heterosexismo, homofobia, transfobia, misoginia e do sexismo em geral, a ativista/artista americana Alix Olson é conhecida pelas suas performances de leitura de poesia folk e música.

Lésbica e feminista socialista, Alix começou a se apresentar publicamente em 1997. Adotando o Spoken Word como forma de se expressar, consolidou sua carreira apresentando-se em turnês e a partir daí tornou-se reconhecida internacionalmente. Em 2001 lançou seu primeiro álbum, "Built Like That", pelo selo Subtle Sister Productions (da própria Olson). Ao longo de 22 duas faixas, Alix solta a sua língua ferina atacando as Instituições e suas convenções sexistas sem dó, com tiradas de humor ácido ou provocações, como em "Cute for a Girl" quando versa: Deus seria sapatão se ela pudesse encontrar alguém para abraçá-la (God would be a dyke if she could find someone to hold her). Ataques diretos à sociedade de consumo norte-americana e à guerra e ao militarismo e até mesmo experiências pessoais e desabafos fazem parte da infinidade de assuntos que consegue abordar. A capacidade e a facilidade com que lida com as palavras e a sua presença de espírito são impressionantes, em outra das faixas, por exemplo, ouvimos uma perspectiva feminista, um outro olhar para as histórias das 'princesas' e 'heroínas' dos contos de fadas e dos mitos e das historinhas de ninar em geral:

Um dia, eu disse "Branca de Neve, volte a estudar".
Ela disse "Não, não posso, eu me sentiria uma tola. Sabe, é difícil para nós mulheres sermos nós mesmas, nós passamos nossas drogas de vidas inteiras tomando conta de pequenos elfos"
(One day, I said "SnowWhite, go back to school".
She said "No, I can't, I'd feel like a fool. You know, it's hard for us womyn to try to be ourselves,
we spend our whole damn lives taking care of little elves")

Ainda é difícil encontrar artistas femininas de spoken word. Anne Clark, Patti Smith e Miranda July são exemplos de mulheres que se apresentam em performances recitando suas poesias e suas canções. Sobre sua posição muitas vezes qualificada como "radical", Alix Olson diz: "Acredito que qualquer artista que confronte o status quo será taxada de 'controversa'. Também seremos chamadas de raivosas, agressivas, ou no melhor dos termos, 'idealistas,' para que sejamos descartadas e largadas na sarjeta, e nosso poder murchado. Mas eu nunca me senti intimidada pelas palavras, pois elas sempre estiveram ao meu lado."




Mais sobre Alix Olson - www.alixolson.com (Em inglês)

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